Fontes do Ipiranga

O Jardim Botânico de São Paulo, no parque estadual Fontes do Ipiranga, abriu o Córrego Pirarungaua (afluente do riacho do Ipiranga), que havia muito tempo estava tampado. Foram instalados um leito de concreto com algumas quedas, taludes verdes e um deque suspenso para pedestres. Assim a cidade recuperou um elemento natural de importância histórica e ecológica em uma das maiores áreas verdes da região metropolitana.

Projeto: Arq. Paulo Ganzeli


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Box academy under São Paulo flyover

Photo Roberto Cattani

Under the Viaduto do Café in central São Paulo a box academy operates since 2006. The project, initiative of ex boxer Nilson Garrido, started under a gallery in the Anhangabaú valley in 2005. When the municipality reclaimed the space a new spot was found under the flyover. The complex started off with used materials such as car parts to equip the academy, at a later stage it received donations of professional fitness gear.
Fábio Garrido, Nilson´s father, says in an interview with Estado de São Paulo that when Rocky Balboa started in the 70ties, he must have copied Garrido´s idea, because he was already setting up his informal academies in Brazil.

Photo João Kehl - World Press Photo 2007
Besides box trainings and competitions, the project serves free meals for the homeless and maintains a public library of donated books. At first the neighborhood was divided about the box ring at the crossing that was used as illegal parking lot at the time, but later the initiative became fully accepted. In 2007 a photograph of the academy won World Press Photo in the category Sport Features and Stories.

Due to the succes of the project the district of Mooca offered another flyover, Alcântara Machado, to implement public sports facilities.
In 2008 architect Igor Guatelli developed an project to improve the academy under Viaduto do Café, which is currently under construction, and at the same time uses the experience for his Phd thesis.
Image Igor Guatelli

See also:

Video by Gilberto Dimenstein (portuguese)
www1.folha.uol.com.br/folha/videocasts/…

Academia de boxe debaixo do viaduto (portuguese)
Article by Aryane Cararo for Estado de S. Paulo
www.estado.com.br/suplementos/…

Jogo de cintura (portuguese)
Article by Eugênio dos Santos for Portal SESC SP
www.sescsp.org.br/sesc/revistas_sesc/…

Interview with Igor Guatelli (portuguese)
www.vitruvius.com.br/entrevista/guatelli/…



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Shrinking cities in Brazil

Shrinking cities are mostly found on the northern hemisphere, in developed countries such as the US, Russia, Japan and Europe. Dropping fertility rates and increased emigration (usually from small and middle sized towns to fast growing megalopolises) are leaving demographical and physical gaps in many cities at the moment.

This phenomenon is not as well known in African and South American cities, but recent data by IBGE show that 32% of Brazilian cities are actually shrinking over the past 8 years. Most of these are small towns in the southeast that lose young people to bigger cities or metropolitan regions. Usually the average fertility rates tend to compensate partially for the loss of population though emigration.

Image Folha de São Paulo / IBGE

Small towns with demographic problems tend to have economic ones aswell, since the municipality´s budget is related to the number of inhabitants. Towns in the border regions, for example near Uruguai, suffer from the strong Brazilian currency which makes everything accross the border much cheaper, thereby discouraging production and investments.

Santana do Livramento, Rio Grande do Sul, Brazil. Shrinking city at the Uruguaian border.Photo alexfig

Rivera, Santana´s twin city on the Uruguaian side of the border. Free shop.Photo Rafael Caggiani


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Also see:
www.shrinkingcities.com

www.ibge.gov.br

www1.folha.uol.com.br/…

O vazio nas Cidades Utópicas

O vazio urbano não ocorre apenas nas cidades existentes, crescidas ao longo do tempo, mas também nas cidades utópicas modernistas. Por que?

Apesar das funções diferentes do vazio em cada um dos planos, no geral parece ter a vantagem de flexibilidade futura e controle social e ambiental do espaço urbano.

Ville Radieuse - Le Corbusier
Ville Radieuse – Le Corbusier 1933

Na Ville Radieuse, do Corbusier, avenidas amplas e limpas entre os megablocos urbanos deveriam resolver o trânsito, cáos e sujeira do velho centro de Paris. No caso da Broadacre City, de Frank Lloyd Wright, o vazio na malha urbana é um sistema de áreas verdes de natureza selvagem preservada, incorporado na cidade durante a expansão para garantir o bem estar do cidadão. Broadacre City - Wright, imagem Museum of Modern Art NY
Broadacre City – Frank Lloyd Wright 1935

Brasília, foto Merten Nefs
Plano Piloto de Brasília – Lúcio Costa 1955

Em Brasília, utopia construída a partir do projeto de Lúcio Costa, o vazio é uma continuação do deserto dentro da cidade, prevendo a expansão de edificações do governo e de serviços em alguns lugares. As grandes distâncias e o sistema rodoviária do Plano Piloto fazem do espaço urbano literalmente um deserto sem vida fora das superquadras e sem possibilidades de juntar imponentes aglomerações de pessoas, já que na escala do eixo monumental tudo fica pequeno. No caso, isso garante o sossego e a segurança do governo.
No plano para a cidade Pampus, expansão de Amsterdam projetada por Van den Broek en Bakema, os aterros amplos e águas navegáveis entre as megaquadras providenciariam espaços de lazer e vistas até o horizonte para os moradores.

Pampusstad - Van den Broek en Bakema
Pampusstad – Van den Broek en Bakema 1964

Pampusstad - Van den Broek en Bakema
Pampusstad – Van den Broek en Bakema 1964

Nas cidades utópicas contemporâneas esses vazios amplos no tecido urbano estão desaparecendo. A Masdar City (Emirados Árabes) é uma cidade murada sem carros e com ruas estreitas. Esta cidade, projetada por Norman Foster, depende do vazio em volta dela para instalar campos de placas fotovoltáicos. Dongtan, expansão sustentável de Shanghai, projetada e gerenciada por ARUP, também possui um layout compacto. Todo espaço entre os edifícios é paisagismo planejado.

Dongtan - ARUP
Dongtan – ARUP 2010 (estimativa da inauguração)

Masdar City - Norman Foster
Masdar City – Norman Foster 2006

Por que o vazio sumiu dos projetos utópicos? É que não deu certo no passado? Certamente os arquitetos não se deixariam desanimar pela realidade, acho difícil! Será que é porque cidades compactas hoje são consideradas mais ecológicas, mais fáceis de resolver em termos de mobilidade e transporte público? Talvez… com certeza as cidades utópicas contemporâneas são cidades ecológicas / sustentáveis.

Quem souber onde ficou o vazio na utopia de hoje, pode falar…