São Vito

O edifício São Vito, no centro de São Paulo ao lado do parque Dom Pedro, projetado no fim dos anos 50 por Aron Kogan, tem causado polêmica desde o fim dos anos 70 por sua decadência. Já nessa época se falava de implosão, uma solução que foi contemplada novamente pela prefeitura neste ano. O prédio de 27 andares com 624 apartamentos foi desapropriado em 2004 pela então prefeita Marta Suplicy para ser reformado seguindo o projeto de Roberto Loeb, prevendo a volta da população expulsa, após as reformas. Depois a gestão Gilberto Kassab concluiu que não havia enquadrar o projeto no sistema PAR (até 40 mil reais por unidade). Em geral tem sido dificil viabilizar condomínios verticalizados com altos custos comuns para esse grupo social no centro. Por outro lado sempre se fala da capacidade desses moradores para se organizarem e tocarem de maneira alternativa a reforma do próprio edifício.

Contudo o futuro do São Vito continua incerto, porque a implosão danificaria os vitrais o vizinho Mercado Municipal, patrimônio histórico. Além disso seria impossível sem implodir também o prédio vizinho, Edifício Mercúrio, que por enquanto continua ocupado.

foto Gogliardo Maragno

Processo de intervenção urbanística: requalificação do edifício São Vito
www.vitruvius.com.br/minhacidade/mc117/mc117.asp

Projeto de Rem Koolhaas para edifício São Vito durante o evento Arte Cidade
www.pucsp.br/artecidade/novo/koolhaas_outline.htm

Projeto de reforma por Roberto Loeb
www.cidades.gov.br/index.php?option=content&task=view&id=1350&Itemid=0

Prefeitura de São Paulo quer demolir o edifício São Vito […]
www.vivercidades.org.br/publique222/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=1143&sid=1

Prefeitura agora quer implodir o São Vito. Dimenstein.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/dimenstein/cbn/m_sp_101006.shtml

Luz no Fim do Túnel. Revista URB ano 5, No. 34 abril/maio de 2004.
www.vivaocentro.org.br/publicacoes/urbs/urbs34.htm

Gleisdreieck Berlin – revisited

January this year I wrote about the active participation of citizens in the planning of the Gleisdreieck park in Berlin, an abandoned railway site with wild vegetation and historical pieces of engineering.

www.projetosurbanos.com.br/2007/01/22/berlin-gleisdreieck/

Last week the participation of the citizen´s organisation was suspended by the project managers of the park, Grün Berlin Gmbh. Matthias Bauer, of the Gleisdreieck planning workgroup (the citizen´s organisation), put is this way:

“Wind turbines are shut down during a storm, citizen participation is shut down when opinions become too diverse”.

It seems that after a decade of planning and struggling the project, like many others, suffers the paradox of community participation in the implementation phase. However, apart from the somewhat frustrating end – from now on the planning will be conducted only by private companies and the government – the community have managed a number of important alterations in the plans:

– the area planned for roads has been reduced
– more industrial heritage and wild vegetation will be maintained
– more open spaces will be maintained, instead of dense new planting
– the community vegetable gardens are now incorporated in the plans.

image Google Earth

The community
www.berlin-gleisdreieck.de
The project manager
www.gruen-berlin.de
The competition, led by the city´s planning department
www.stadtentwicklung.berlin.de/aktuell/wettbewerbe/ausschreibungen/gleisdreieck/

Bixiga – Teatro Oficina

O vazio urbano ao lado do Teatro Oficina, projeto tombado da Lina Bo Bardi, tem sido palco de debates e conflitos entre arquitetos, o poder público, investidores e o diretor do teatro Zé Celso. O grupo Silvio Santos tentou viabilizar projeto de um shopping no local com arquiteto Júlio Neves. Depois de muito tempo Zé Celso resolveu aceitar a nova proposta de Brasil Arquitetura, incluindo espaço para realizar um Teatro de Estádio, antigo sonho dele. O projeto é até hoje polêmico, nem tanto por motivos de estilo arquitetônico, mas principalmente ao ponto de vista social.

imagem Google Earth
01 Vista aérea do vazio

Neste artigo Marcelo Ferraz, um dos diretores de Brasil Arquitetura, relata os conceitos que usaram para o desenvolvimento do projeto, destaquando-o de outros shopping centers. www.vitruvius.com.br/arquitextos/arq087/arq087_00.aspNesta coluna André de Oliveira Torres Carrasco critíca a construção no vazio do Bixiga. Embaixo do texto, no fórum de debates, Eric Verhoecks do Fórum Centro Vivo, comenta o caso. www.vitruvius.com.br/minhacidade/mc149/mc149.asp

Outros informações:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Teatro_Oficina
www2.uol.com.br/teatroficina/forum/contardo.htm

foto Merten Nefs
02 Vazio no Bixiga

foto Merten Nefs
03 Teatro Oficina

foto Merten Nefs
04 Viaduto da Radial Leste

Nova Luz – São Paulo

imagem Google Earth - alteração Merten Nefs
01 Operação Nova Luz

Iniciada em 2005, a operação urbana Nova Luz envolve aproximadamente 225 hectares e a longo prazo deve envolver a área entre a Avenida do Estado, onde hoje está instalada a sede da Subprefeitura da Sé e Secretaria Municipal de Serviços e o Bom Retiro. A primeira fase prevê intervenções em 23 quadras. Para viabilizar a Nova Luz já foram aprovadas legislações específicas: a lei e a regulamentação uma estabelecendo incentivos fiscais para a instalação de empresas de tecnologie e outros serviços na região e o decreto declarando de utilidade pública algumas áreas passíveis de desapropriação.
A operação conta com vigilância da polícia e fiscalizações das empresas no local.

http://centrosp.prefeitura.sp.gov.br/projetos/novaluz_destaques.php
http://portal.prefeitura.sp.gov.br/secretarias/seguranca_urbana/forca_tarefa/0002

foto Merten Nefs
02 Rua Mauá
foto Merten Nefs
03 Praça Júlio Prestes

Nova Luz já foi criticado por vários motivos, por urbanistas como Nadia Somekh, o instituto Polis e outros. Em primeiro lugar o próprio poder público estigmatizou essa área como “cracolandia”, assim utilizando um problema social urbano mais amplo como motor de propaganda negativa focada nesta área específica. Além disso, os subsídios, em forma de incentivos fiscais, vão para as empresas, que não precisam disso, enquanto moradores pobres são expulsos da região. As ações da polícia têm sido criticado por serem limpeza social da área, uma crítica que subprefeito Andrea Matarazzo já está ouvindo durante o mandato todo. Surge ainda a pergunta: “Se sempre houvesse vistorias da polícia, limpeza de lougradouros públicos, programas de saúde pública e fiscalização da prefeitura em estabelecimentos comerciais para eliminar irregularidades, como deveria, será que não precisaria mais de um projeto de revitalização?”
Tem perspectivas? Tem sim, está prevista habitação de interesse social na região, como acontece em operações urbanos já bem sucedidos em outros lugares. Será necessário acompanhar o processo de perto e ver se o poder público consegue fazer parcerias boas com o setor privado para conseguir realizar a construção nesse segmento do mercado também.

www.territoria.com.br/novidades.php?tmenu=4&cod_nov=32

EMURB
04 Operação Nova Luz – Uso do Solo

Read more:
Urban Change – Nova Luz – an update

Paranapiacaba

Paranapiacaba, vila de engenheiros e funcionários da São Paulo Railway, foi ponto estratégico na Serra do Mar para o funcionamento e construção da estrada de ferro Santos-Jundiaí, que levava passageiros do porto para o capital Paulista e café do interior para o porto. Em 1982 o sistema funicular – puxando os vagões sobre planos inclinados, usando cabos de aço e máquinas a vapor instaladas nas patamares como Paranapiacaba – foi desativado. A oficina e o funicular se transformaram em museu. A estação original foi destruida num incêndio, menos o relogio, que foi recolocado numa nova torre. A nova vocação do lugar é o turismo e o lazer. Organiza-se eventos no local, como um festival de música.

image Google Earth
Paranapiacaba, settlement of engineers and workers of São Paulo Railway, was a strategic point in the Serra do Mar for the funcioning and construction of the Santos-Jundiaí railway, which transported passengers from the port to the capital and coffee from the hinterland to the port. In 1982 the funicular sistem – pulling the wagons on ramps by steel cables and steam engines, installed on each landing, such as Paranapiacaba – was deactivated. The maintenance shed and the funicular were transformed into museum. The original station perished in a fire, the clock was saved and put on top of a new tower. The new destiny of the place is tourism and leisure. Events are organized on the premises, such as a music festival.

photo Merten Nefs
01. Funicular
photo Merten Nefs
02. Páteo ferroviário
photo Merten Nefs
03. Vagão e trilhos abandonados
photo Merten Nefs
04. Passarela

Info:
www.abpfsp.com.br/museu_ferroviario_paranapiacaba.htm

http://pt.wikipedia.org/wiki/Paranapiacaba
www.santoandre.sp.gov.br/fip